A Associação de Municípios Parque das Serras do Porto vai realizar, até 2027, um conjunto de intervenções na floresta, desde plantação de árvores a gestão de matos com cabras sapadoras, num investimento de 3,6 milhões de euros, indicou hoje.
O projeto “Life Serras do Porto”, com uma duração de cinco anos, tem um custo total de 3,6 milhões de euros, 2,1 dos quais financiados pela Comissão Europeia, adiantou a associação, em comunicado enviado às redações.
Em causa está um território de cerca de 6.000 hectares, que abrange as serras de Santa Justa, Pias, Castiçal, Flores, Santa Iria e Banjas, nos concelhos de Gondomar, Paredes e Valongo, no distrito do Porto.
Assim, no âmbito deste projeto, prevê-se a intervenção em 423 hectares de área florestal e ripícola, incluindo controlo de espécies exóticas e invasoras, plantação de 160.792 árvores e arbustos autóctones e manutenção de continuidade, explicou.
Além disso, o projeto estima a realização de ações demonstrativas de adaptação em 12 hectares de área agrícola, a instalação de um apiário pedagógico e a gestão de matos com recurso a cabras sapadoras, salientou.
O recurso a soluções de base natural e a técnicas de bioengenharia para aumentar a retenção de água no solo e melhorar as margens ribeirinhas e a constituição de uma equipa operacional para trabalhos complementares de silvicultura são outras das atividades previstas.
A associação pretende ainda dinamizar atividades para escolas, famílias e população em geral, produzir materiais pedagógicos e de disseminação e promover a participação cidadã através do voluntariado.
“O Life Serras do Porto tem como temática nuclear a floresta e contempla um conjunto integrado de intervenções com um elevado impacte positivo na paisagem e nos ecossistemas, além de ações de monitorização, divulgação, sensibilização e envolvimento cívico”, sublinhou.
Na nota informativa, a Associação de Municípios Parque das Serras do Porto sustentou ter vindo a investir de forma significativa em estudos, intervenções de melhoria ecológica de habitats e de expansão da floresta nativa, divulgação e sensibilização, promoção de parcerias, redes de cooperação e envolvimento cívico, assim como em usufruto sustentável e turismo de natureza.
O que, acrescentou, “já é bem visível no terreno e nas dinâmicas instaladas”.