O transporte de água para as freguesias fez-se diariamente em vários concelhos.
Este ano a água só continua a correr nas torneiras do Nordeste Transmontano porque os municípios assumiram o transporte de água em camiões-cisterna dos bombeiros para os depósitos de vilas e aldeias. “Se assim não fosse, teríamos tido um problema gravíssimo de falta de água em Algoso, porque a captação está seca. Fomos buscar água a Miranda do Douro”, explicou Cristina Miguel, presidente da União das Freguesias de Algoso, Campo de Víboras e Uva.
Algoso foi uma das freguesias mais afetadas pela carência de água no concelho de Vimioso, pois o rio Angueira, a principal captação, secou. “Nos meses de julho e agosto o consumo disparou. A população aumentou de 200 para mil pessoas, com os emigrantes”, acrescentou a autarca que, desde o início, sensibilizou a população para a necessidade de poupar. “As pessoas deixaram de regar. Não se importam com as flores que secaram, mas ter de deixar de regar as hortas foi difícil. A população é idosa, tem reformas inferiores a 300 euros e agora terão de comprar os vegetais”, afirmou Cristina Miguel. […]