Houve mais produto, mas o preço diminuiu
A produção de citrinos no Algarve foi bem superior à média, em 2022. Os números, avançados na semana passada, revelam que a seca, para já, não afetou, de forma notória, a principal cultura agrícola da região algarvia, mas, no futuro próximo, tudo pode mudar.
Ao todo, foram produzidas «entre 350 e 360 mil toneladas» de citrinos, na campanha que está a terminar, um valor «cerca de 15% em relação à campanha anterior», revelou Pedro Valadas Monteiro, diretor regional de Agricultura e Pescas do Algarve.
José Oliveira, administrador da Cacial, uma das maiores cooperativas de produtores do Algarve e presidente da AlgarOrange, associação que junta as principais associações e produtores de citrinos da região, corrobora o volume de produção e diz mesmo que «podemos estar a falar em cerca de 20% acima de um ano normal».
«Isso tem coisas boas e tem coisas más. Uma coisa boa de ter muita produção é, naturalmente, que, com mais quantidade, a possibilidade de negócio também é maior», disse.
«Mas também há o reverso da medalha, que é o mercado não absorver tudo – que foi o que aconteceu, o mercado caiu – o que se reflete nos preços, que diminuíram», revelou José Oliveira.
O administrador e os demais membros […]