A deputada regional do PS/Açores Patrícia Miranda afirmou hoje que a anteproposta do Governo Regional de Plano e Orçamento para 2023 “retira cinco milhões de euros” ao setor agrícola dos Açores, em investimentos e infraestruturas.
Patrícia Miranda, na sequência duma visita que o grupo parlamentar do PS na Assembleia Legislativa Regional dos Açores a vários caminhos agrícolas, nos Arrifes e nas Feteiras, no concelho de Ponta Delgada, referiu que, em 2022, “o investimento público para a agricultura era de aproximadamente 113 milhões e para as infraestruturas agrícolas estavam destinados cerca de 23 milhões de euros”.
“Para 2023, de acordo com a anteproposta de Plano de Investimentos deste Governo, o setor agrícola contará com um investimento público na ordem dos 108 milhões e apenas 20 milhões de euros estão destinados para as infraestruturas agrícolas”, observou a deputada, citada em nota e imprensa.
De acordo com a parlamentar, “a manter-se esta proposta, serão menos cinco milhões de euros investidos na Agricultura, isto admitindo que o Governo fará tudo aquilo que está a prometer, o que é altamente improvável, considerando o histórico”.
Patrícia Miranda referiu que, de acordo com o último relatório de execução financeira, relativo ao 1º semestre de 2022, “a taxa de execução para a rubrica de infraestruturas agrícolas fica-se pelos 29,8%”, um número que considerou “muito baixo”.
A deputada do maior partido da oposição disse que se assiste no perímetro agrícola regional, em todas as ilhas do Açores, a um “completo esquecimento e atraso, quer nas limpezas, quer na manutenção dos nossos caminhos agrícolas”.
Patrícia Miranda defendeu que os investimentos nos caminhos agrícolas são “essenciais e devem constituir uma prioridade na ação governativa para facilitar o trabalho diário dos agricultores”.
A deputada afirmou que este Governo Regional “não deve interromper o trabalho que vinha sendo feito há anos, ao nível caminhos agrícolas, no abastecimento de água e na eletrificação das explorações”.
“Assistimos a um total desinvestimento do setor agrícola, a um corte no investimento em infraestruturas agrícolas e a aumentos de despesa com cargos de nomeação. Ou seja, o Governo engorda, enquanto o rendimento dos Agricultores açorianos continua a emagrecer”, declarou.