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Após os incêndios, empresários de Oliveira do Hospital persistem e mantêm esperança no futuro

Cinco anos depois dos incêndios de outubro de 2017 terem atingido perto de uma centena de empresas do concelho de Oliveira do Hospital, a maioria conseguiu reerguer-se e continua a acreditar no futuro, apesar das contrariedades.

Fernando Brito tinha mais de 70 anos quando a sua carpintaria ficou reduzida a cinzas. Ainda assim, nunca pensou em desistir, continuando a trabalhar afincadamente porque “as encomendas precisam de sair e o dinheiro de entrar”

A Carpintaria Brito&Brito, localizada na Zona Industrial de Oliveira do Hospital, foi umas das muitas empresas que não escapou à fúria das chamas, no dia 15 de outubro de 2017, que consumiram toda uma vida de trabalho. Na altura, Fernando Brito estava a passar o fim de semana em Lisboa e, mal soube que o incêndio se aproximava dos seus bens, decidiu regressar a Oliveira do Hospital. Acabaria por conseguir chegar apenas no dia seguinte, depois de ter ficado retido em Penacova, onde passou a noite, porque a polícia já não permitiu que seguisse viagem.

Durante a madrugada recebeu a chamada que confirmou que o seu pavilhão, “com boa maquinaria, matéria-prima e carros carregados de mercadoria”, tinha ardido. No total, o prejuízo rondava os dois milhões de euros. “Quando cá cheguei encontrei uma desgraça… Mas logo nesse mesmo dia abracei-me à minha filha e disse-lhe que não íamos parar: tínhamos de reconstruir”, recordou.

Na altura, com 73 anos, arregaçou as mangas, candidatou-se às ajudas disponíveis, acionou os seguros e, com algum dinheiro que tinha amealhado, voltou a investir perto de três milhões de euros, na arte em que começou a trabalhar com 15 anos. “Foi muito difícil recomeçar do zero, não tenha dúvidas de que foi complicadito! Mas nunca pensei […]

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