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Pesticidas perigosos. União Europeia envia para Ásia e África o que não serve cá dentro

Num momento em que o uso de pesticidas cresce 80% em três décadas, desde 1990, os 130 mil milhões de euros do negócio global do sector deverão ajudar a fechar os olhos aos vários problemas e perigos que se apresentam com o uso de agroquímicos perigosos como a ameaça à sobrevivência de pássaros e insectos fundamentais à manutenção dos ecossistemas ou aos 11 mil mortos e 385 milhões de envenenamentos anuais.

De acordo com um relatório citado por The Guardian, o uso de pesticidas cresceu quase para o dobro nas últimas três décadas. A intensificação da sua aplicação nos campos por todo o globo teve desde logo consequências para as populações vegetais e animais: verificou-se nestes 30 anos uma queda nas populações de aves e borboletas, enquanto subiu para uma em cada dez o número de abelhas ameaçadas com extinção devido aos componentes tóxicos presentes em herbicidas e fertilizantes.

Mas também a população humana enfrenta vários problemas relacionados com o uso de agro-químicos: por exemplo, todos os anos se registam cerca de 11 mil mortes, directamente associadas aos pesticidas, e até 385 milhões de casos de envenenamentos, não esquecendo um tema que está já a ser alvo de muita controvérsia como é a questão das mutações genéticas nas famílias expostas a este tipo de produtos.

“As provas são impressionantes: o atual sistema alimentar baseado na utilização intensiva de produtos químicos venenosos está a prejudicar agricultores e consumidores, alimentando o colapso da biodiversidade. A UE deve deixar de […]

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