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Comissão Europeia cria centro de referência para preservação de raças em vias de extinção

A Comissão Europeia adotou em 27 de outubro um regulamento que cria um Centro de Referência da União Europeia (“EURC”) responsável pelo contributo científico e técnico para o estabelecimento ou harmonização dos métodos de preservação das raças de animais em vias de extinção ou a preservação da diversidade genética dessas raças.

A criação deste centro surge após um pedido das autoridades competentes de alguns Estados-Membros e da indústria.

Assim, a partir de 1 de janeiro de 2023, este centro vai debruçar o seu estudo em animais reprodutores de cinco espécies: bovinos, ovinos, caprinos, suínos e equinos. t

Os seus principais objetivos são a facilitação da criação de raças em vias de extinção e o reforço da atividade transfronteiriça, através de:

  • Estabelecimento de critérios mínimos para a classificação de uma raça como raça ameaçada;
  • Desenvolver e harmonizar métodos utilizados para a conservação in situ e ex situ de raças em vias de extinção e a preservação da diversidade genética dessas raças;
  • Facilitar o intercâmbio de informação entre os Estados-membros.

Em Portugal, as raças autóctones constituem uma das principais razões para o país ser considerado uma região ‘Hot spot’ de biodiversidade pela FAO [Organização para a Agricultura e Alimentação das Nações Unidas].

Atualmente estão oficialmente reconhecidas 52 raças autóctones portuguesas ameaçadas, sendo 16 raças de bovinos, 16 raças de ovinos, 6 raças de caprinos, 3 raças de suínos, 6 raças de equídeos, distribuídas por Portugal continental e os arquipélagos dos Açores e da Madeira, enquadráveis no âmbito de trabalho do agora criado Centro de Referência da União Europeia (“EURC”) para a preservação de raças em vias de extinção – Regulamento (EU) 2022/2077 de 27 de outubro 2022

Estas raças estão na base de sistemas de produção equilibrados, sustentáveis e ecológicos, desempenhando um papel relevante e transversal a uma série de áreas e atividades, contribuindo para o carácter multifuncional da agricultura, para o reforço da neutralidade carbónica, para combater o fenómeno de despovoamento do interior, para a criação de produtos diferenciados e diferenciadores, de qualidade, seguros e de alto valor económico.

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Fonte: DGAV


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