Trigo

Preços do trigo e milho disparam após a Rússia sair do acordo de cereais do Mar Negro

Os preços do trigo e do milho nos mercados globais de matérias-primas subiram nesta segunda-feira depois de a Rússia ter desistido de um acordo que permitia que algumas exportações vitais de cereais da Ucrânia passassem pelo Mar Negro, apesar da guerra.

Os futuros do trigo na Bolsa de Chicago subiram 5,5% na segunda-feira para os 8,74 dólares por alqueire. Os futuros do milho subiram 2,3% para os 6,96 dólares por alqueire. O trading nos futuros do óleo de palma na Malásia também subiu, informou a Reuters, devido a receios quanto ao potencial impacto nas exportações de óleo de girassol ucraniano.

A Ucrânia e a Rússia juntas representam quase um terço das exportações globais de trigo, segundo a Gro Intelligence, uma empresa de dados agrícolas. Estão também entre os três maiores exportadores globais de cevada, milho, óleo de colza e óleo de girassol.

A Rússia suspendeu indefinidamente, no sábado, a sua participação no acordo de exportação de cereais, após um alegado ataque com drones das Forças Armadas ucranianas à frota russa do Mar Negro, na cidade de Sebastopol, na Crimeia. A Ucrânia acusou a Rússia de chantagem e de inventar “ataques terroristas fictícios” às suas próprias instalações na Crimeia.

O Internacional Rescue Committee (IRC), uma organização de ajuda humanitária, disse que as consequências da retirada da Rússia do acordo de exportação de cereais podem ser “catastróficas” para os países pobres, muitos dos quais já vivem numa situação de fome extrema.

O acordo mediado pelas Nações Unidas, que foi estabelecido em julho e garantia a passagem segura de navios de transporte de cereais da Ucrânia pelo Mar Negro, desempenhou um papel crucial na redução dos preços do trigo e de outras matérias-primas, globalmente.

Depois de atingir um máximo recorde em março, o índice global de preços de alimentos da Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a Agricultura baixou durante sete meses consecutivos.

O acordo de exportação de cereais expiraria a 19 de […]

Veja a reportagem na CNN Portugal.


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