Investigadores e cientistas veem nos feijões, nas ervilhas ou no grão-de-bico parte da solução para garantir produção suficiente de proteína para a população mundial.
Ricas em proteína, com reduzido impacto ambiental e essenciais para a vida humana, assim são as leguminosas. Apesar de ocuparem pouco espaço na despensa de um português típico, que consome cerca de quatro quilos destes alimentos por ano, ingredientes como o feijão, a ervilha ou o grão-de-bico são apontados como parte da solução para alimentar a população mundial. “Uma das tendências da alimentação é a troca da vaca pelo feijão”, afirmou Marta Vasconcelos durante a conferência “A alimentação no futuro: evolução ou revolução?”, organizada pelo Grupo Jerónimo Martins esta quarta-feira, em Lisboa.
A investigadora da Escola Superior de Biotecnologia da Universidade do Porto defende mesmo que “estes feijões mágicos precisam, cada vez mais, de entrar na ribalta” e nas escolhas alimentares dos cidadãos. E há muitas razões para que assim seja. Desde logo pela redução da pegada ambiental das refeições à base de proteína animal, cujo consumo em Portugal e na Europa é considerado elevado, mas também pela sua importância nutricional. “Devíamos consumir cerca de 80 gramas de leguminosas por dia. Se conseguíssemos fazer isto todos os dias seria altamente benéfico para a nossa dieta”, garante.
O especialista Pedro […]