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“Colocar as florestas ao serviço das populações tem sido uma das missões do Governo dos Açores”, diz António Ventura

O Secretário Regional da Agricultura e do Desenvolvimento Rural assumiu hoje, na Lagoa, “que colocar as florestas ao serviço das populações, na sua vertente recreativa e de lazer, tem sido uma das missões da Direção Regional dos Recursos Florestais e do Governo Regional dos Açores.”

“A prova disso são as suas 27 Reservas Florestais de Recreio e trilhos pedestres que se desenvolvem no interior dos perímetros florestais regionais, contribuindo assim para o contacto da sociedade com o meio natural, para a promoção de estilos de vida saudáveis e para o bem-estar da população local e daqueles que nos visitam”, adiantou.

António Ventura falava na sessão de abertura das X Jornadas Florestais da Macaronésia, a ter lugar no Nonagon – Parque de Ciência e Tecnologia de São Miguel, onde referiu que a Certificação da Gestão Florestal implementada pelo Governo Regional “é também um bom exemplo do nosso compromisso com a Floresta Açoriana”.

“É a garantia oficial e muito credível de que a Floresta Pública é gerida responsavelmente, tendo em conta fatores sociais, económicos e ambientais”, acrescentou.

O responsável pela pasta dos Serviços Florestais referiu ser “inegável” já se sentir o efeito das alterações climáticas, defendendo que “nos cabe o dever de agir e encontrar soluções que visem contribuir para a mitigação das alterações climáticas”.

“Sendo a floresta um dos ecossistemas terrestres que mais contribui para o sequestro e armazenamento de carbono atmosférico, são extremamente importantes as iniciativas que promovam a sua expansão, reordenamento e conservação. A concretização de ações e medidas que promovam a neutralidade carbónica são emergentes e cada vez mais comuns”, adiantou.

A título de exemplo, e por forma a reforçar o compromisso do Governo em valorizar os serviços Ecossitémicos da floresta, António Ventura disse que a Direção Regional dos Recursos Florestais é parceira do projetos LIFE (LIFE IP CLIMAZ), que tem como principal objetivo a temática da adaptação ao cenário das alterações climáticas.

O projeto “prevê, para as ilhas de São Miguel e Terceira a transformação de áreas de pastagem degradada e de florestas produtivas que se encontram em áreas sensíveis, em novas áreas de vegetação natural, em áreas a que chamamos de corredores ecológicos”, afirmou.

A criação destes corredores ecológicos, continuou o Secretário Regional, “vai ao encontro do projeto de reordenamento das florestas públicas da ilha de São Miguel, iniciado em 2014, pela Direção Regional dos Recursos Florestais”.

Segundo o governante, “este projeto contempla a exploração florestal faseada dos atuais povoamentos de criptoméria e o rejuvenescimento destas florestas, mantendo-se a criptoméria na maior parte das áreas com vocação para a produção florestal de madeira, mas procedendo-se à sua substituição, maioritariamente por espécies autóctones, em áreas sensíveis onde é importante estabelecer povoamentos florestais de proteção”.

“Estas áreas irão contribuir para a expansão e recuperação da área ocupada por vegetação natural, floresta esta que assume primordial importância ao nível dos serviços ecossistémicos, como a conservação da biodiversidade, da regulação e conservação dos recursos hídricos, da proteção dos solos e do sequestro de carbono, garantindo a este nível a constituição de stocks a longo prazo, uma vez que, no futuro, estas florestas não serão novamente sujeitas a cortes de exploração”, garantiu.

António Ventura reforçou que a execução de eventos florestais são “muito importantes e devem ser apoiados. Esta cooperação entre as regiões da Macaronésia permite ajudar-nos a perceber os novos desafios das alterações climáticas e do ramo florestal a nível arquipelágico”.

“Estas permutas de conhecimento e experiências são extremamente enriquecedoras e essenciais para a definição de políticas verdes, assentes nas estratégias europeias para a floresta, biodiversidade, água e solo de 2030. Permite-nos ganhar tempo, neste contrarrelógio das alterações climáticas”, concluiu o Secretário Regional.

Nota enviada pelo Governo Regional dos Açores.


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