Há lenhadores que estão a comercializar o dobro do que é normal, apesar de os cavacos também terem ficado mais caros. Procura por fogões e salamandras aumentou.
O aumento do preço da eletricidade, do gasóleo, do gás e principalmente dos péletes está a obrigar muitos portugueses a recorrerem, novamente, à lenha para aquecer as casas. Também está mais cara, entre 10 e 50 euros por carga (3500 quilos), mas ainda não há escassez. Os vendedores não têm mãos a medir para satisfazerem as encomendas. Alguns dizem que a procura duplicou em relação ao ano passado.
Em Vila Real, Carlos Tavares tem armazenadas 200 toneladas de lenha seca. Está convicto de que até “ao final do ano” vai vendê-la toda. E é se não acabar antes. A empresa Machado e Alves, nas Pedras Salgadas, Vila Pouca de Aguiar, está a registar tanta procura que mal consegue dar resposta aos clientes. “Aumentou mesmo muito”, sublinha Susana Faria, da gerência. “Àqueles que são habituais estamos a conseguir entregar, mas àqueles que estão a chegar agora de novo estamos com mais dificuldades para os servir”. E tudo porque a empresa não conseguiu trabalhar como previra, durante o verão, devido às proibições motivadas pelo perigo de incêndio florestal (ler texto da caixa). […]