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Das plantas aos animais, as espécies exóticas invasoras são uma ameaça à biodiversidade

Mais financiamento e uma gestão adequada das ações de vigilância, prevenção e deteção precoce devem ser prioridades, aponta investigadora do Centro de Ecologia Funcional. Instituto da Conservação da Natureza e das Florestas promove mais uma sessão de trabalho, com peritos em ambiente, sobre este tema na próxima quarta-feira, 23, na Fundação Mata do Bussaco

São mais de três centenas de espécies invasoras que compõem a lista oficial em Portugal, em que se incluem plantas e animais. O nome é autoexplicativo: trata-se de espécies que, fazendo parte da natureza, não pertencem aos ecossistemas das regiões portuguesas. “As espécies exóticas invasoras são a quinta principal causa de perda de biodiversidade a nível global”, contextualiza a especialista em biologia Elizabete Marchante, que acrescenta que “em Portugal são também uma ameaça considerável”.

Pelo seu potencial danoso aos ecossistemas, mas também “a nível económico e até de saúde pública”, é importante que estes fenómenos sejam controlados e combatidos com planos de ação nacionais, regionais e locais. Em território nacional, as mimosas, os jacinto-de-água ou a sanguinária do Japão são alguns exemplos de plantas que não pertencem à biodiversidade do território. No caso dos animais, a conhecida vespa asiática, o lagostim vermelho do Louisiana ou a amêijoa asiática representam algumas das espécies que importa combater para evitar desequilíbrios na natureza.

“As espécies invasoras promovem impactes muito significativos nos serviços dos ecossistemas, a nível económico e até de saúde pública nalguns casos”, aponta Elizabete Marchante

Apesar de já existir “legislação dedicada” a esta questão, a investigadora do Centro de Ecologia Funcional da Universidade de Coimbra diz que é preciso “implementá-la e aplicá-la de forma eficaz”, o que nem sempre acontece. Considera essencial apostar na prevenção da entrada de novas espécies invasoras e evitar a disseminação daquelas que já se encontram nos ecossistemas, mas também implementar mecanismos que permitam “ter uma resposta […]

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