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Tráfico humano em Beja: o telefonema do “homem de confiança” para Dino pôs a PJ a suspeitar que os cabecilhas tinham informadores no Estado

Este “homem de confiança” alertou que no dia seguinte iria ser realizado um “controlo” da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) numa das herdades do Baixo Alentejo. Com esta informação, Dino deu ordens para “ninguém ir trabalhar”. O Expresso revela todos os pormenores do caso de Beja que chocou o país e expôs as suas fragilidades para encarar o facto de haver escravatura laboral em território nacional
Ainvestigação policial à rede de trabalho escravo que explorava cerca de 350 imigrantes na agricultura em Beja e Cuba anda atrás de mais suspeitos, além dos 35 que foram detidos na semana passada indiciados por crimes de associação criminosa, tráfico de seres humanos, branqueamento de capitais e falsificação de documentos.

Um dos alvos do Ministério Público (MP) e da Polícia Judiciária (PJ) é um português apanhado numa escuta telefónica a conversar com Dino, membro da rede. Este “homem de confiança”, de identidade desconhecida, alerta que no dia seguinte iria ser realizado um “controlo” da Autoridade para as Condições do Trabalho (ACT) numa das herdades do Baixo Alentejo. Com esta informação, Dino deu ordens para “ninguém ir trabalhar”, uma vez que os migrantes não tinham contrato de trabalho, não recebiam salário e muitos estavam em situação documental irregular. […]

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