A Itália sofreu mais de 30 eventos climáticos extremos no fim de semana, que elevaram para mais de 6.000 milhões de euros os danos em culturas e explorações agrícolas este ano no país, avançou hoje a confederação agrícola Coldiretti.
Trovoadas, furacões e tempestades de granizo varreram o país no último fim de semana, indicou a organização, relatando que tais eventos climáticos extremos inundaram campos e armazéns, desenraizaram árvores, destruíram estufas e arruinaram colheitas.
O maior registo de destruição foi observado nas regiões da Sicília, da Calábria, de Lazio e de Puglia, detalhou ainda a Coldiretti, dando conta de enormes danos nas terras agrícolas da área de Salento, em Puglia (sul de Itália).
Os danos, apenas materiais segundo as informações até ao momento, foram também muito significativos mais a norte e na Toscana e hoje a autoestrada estadual entre Prato e Pistoia foi encerrada devido a inundações.
Cerca de 20 centímetros de neve caíram em Cortina, nas Dolomitas, uma cadeia montanhosa dos Alpes italianos.
Veneza foi novamente salva das inundações pelas suas barreiras MOSE, uma estrutura composta por dezenas de barreiras móveis com até trinta metros de comprimento posicionadas nas três aberturas que ligam a Lagoa de Veneza ao Mar Adriático.
Há pouco mais de uma semana, 11 pessoas morreram e uma foi dada como desaparecida na ilha italiana de Ischia na sequência de chuvas torrenciais que causaram inundações e um deslizamento de terras com grande impacto na área do município de Casamicciola Terme.
Uma parte do monte Epomeo, na ilha voltada para o Golfo de Nápoles, cedeu e alcançou várias casas que ficaram em escombros.
Na mesma altura, vários carros e até autocarros foram arrastados para o mar.