O ano 2021 foi quente e seco, registando, ainda assim, o menor número de incêndios rurais dos últimos 10 anos em Portugal continental (8 186 ocorrências) e a segunda menor área ardida (28,4 mil hectares). Num contexto de recuperação da atividade económica, ainda sem atingir os níveis de 2019, a Entrada Direta de Materiais na economia nacional aumentou 6,9%. As estimativas provisórias das emissões de Gases com Efeito de Estufa (GEE) para 2021 indicam um decréscimo de 1,3%, mantendo a trajetória decrescente desde 2017. Esta tendência reflete sobretudo o aumento de 4,5% da eletricidade produzida a partir de fontes de energia renováveis (64,9% do total de eletricidade), mantendo-se o crescimento consecutivo desde 2017. Em termos de Proteção do Ambiente, a despesa das Administrações Públicas aumentou 33,2% e os investimentos das empresas da Indústria cresceram 18,3%, estes últimos com particular incidência no domínio da Proteção da Qualidade do Ar e Clima (+60,5%).
Destaca-se pela negativa, o aumento da geração de resíduos setoriais (+20,4%), em parte como consequência do crescimento económico e, em particular, do crescimento do setor da Construção (+39,5 mil milhões de euros na produção do setor), com os resíduos provenientes da construção a aumentarem 53,1%. O indicador de preparação para a reutilização e reciclagem de resíduos urbanos acentuou a tendência de decréscimo, atingindo 32% em 2021 (-6 p.p face a 2020) e afastando-se da meta de 55% a atingir em 2025.