Precipitação do último mês deixou Portugal numa situação confortável em termos de disponibilidade de água. Mas chuvas exigem à Agência Portuguesa do Ambiente a gestão cautelosa dos recursos hídricos.
A albufeira do Alto Lindoso, na fronteira do Minho com Espanha, está no centro da gestão do próximo fenómeno preocupante de chuva: esta sexta-feira e sábado prevê-se precipitação acentuada no Minho. Com terrenos encharcados, a chuva que vier acumular-se-á rapidamente em águas de escorrência, que vão engordar os rios daquela região. Se nada for feito, há um risco hipotético de novas cheias. Por isso, a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) já está em contacto com a EDP para baixar o nível da cota de água do Alto Lindoso.
“A albufeira está a ser esvaziada de nível para ficar mais estável e ter maior capacidade de encaixe para toda a água que vier”, explica Felisbina Quadrado, engenheira do Ambiente e directora do Departamento de Recursos Hídricos da APA.
Ou seja, a medida faz com que a albufeira fique com maior capacidade para receber mais água. Isto dá mais margem de manobra. Se chover muito e os rios a jusante subirem, é possível travar o volume que vem daquela albufeira e evitar cenários mais graves. “Se for preciso que não saia do Alto Lindoso nem mais uma gota, a albufeira pára”, acrescenta a perita, durante uma apresentação para jornalistas que a APA fez esta quinta-feira, em Lisboa, sobre a gestão dos recursos hídricos.
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