O alerta é do setor das rações de animais, que depende das matérias-primas importadas.
A greve dos trabalhadores das administrações portuárias vai prolongar-se até 30 de janeiro e abrange os portos do continente, da Madeira e dos Açores.
Esta paralisação foi convocada pelo Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias e afeta a importação e exportação em vários setores.
Vários navios, na sequência desta paralisação que começou na quinta-feira, vão deixar de fazer escala nos portos nacionais e outros de descarregar. Esta situação pode provocar aumentos nos preços de alimentos essenciais como, leite, ovos e carne.
Outras descargas que vão também ser afetadas são as dos navios que transportam rações para animais, uma matéria-prima essencial para o setor da alimentação. Em Portugal as empresas produtoras de alimentos compostos para animais têm uma dependência de matérias-primas importadas de 80% e uma capacidade de armazenamento de cerca de 5 dias.
A greve dos trabalhadores das administrações portuárias deixa, pelo menos, oito navios de matérias-primas para a alimentação animal com atrasos na descarga ou por descarregar, em dezembro e janeiro.
O sindicato acusa as administrações portuárias de ausência total de disponibilidade para dialogar sobre a proposta de revisão salarial para 2023.