Por que se planta trigo em Cascais – João da Silva

Estou a borrifar-me, em sentido figurado e sem desrespeito por ninguém, para cores políticas ou clubísticas, credos, filiações, dependências ou independências. Quem quiser ajudar-me, contacte-me.

“O dizer mal espalha-se com mais facilidade do que a sarna.” Conheço a frase desde tenra idade e recordo-a amiúde. Dizer mal e mostrar o mau tornou-se no padrão. Unimo-nos no dizer mal. Dizer mal é um dos laços mais fortes das sociedades.

No caso dos jornalistas, classe a que pertenço há mais de 20 anos, destacar algo bem feito é meio caminho para ser conotado com determinada “cor”, “graxismo”, caça ao tacho ou benefício. Talvez seja por isso que assistimos nos noticiários televisivos, quase exclusivamente, a um desfile de coisas mal feitas, de coisas por começar, desenvolver e terminar, de desgraças, crimes e trafulhices.

Não acontece apenas na televisão. Há também alguns jornais, felizmente não todos, a sustentarem-se com o mau. É a vida, concordo, há que informar e denunciar. Mas a vida não é só incompetência, improdutividade, miséria, desgraça e vigarices. No entanto, o bom, o bem feito, a alegria e o sucesso mostram-se menos. Muito menos. Em proporção, quase nada. Quer isso dizer que está tudo mal à nossa volta? Que está tudo mal feito? Não acredito.

E se equilibrássemos a lógica, dando igual ênfase ao que está bem feito e ao que é positivo, aos méritos e conquistas, estipulando bitolas para melhorar o que é menos positivo? O “Livro do Elogio” funciona, creio, segundo essa lógica. Não se trata de ignorar o mau, mas de mostrar o bom e de o elogiar, o ânimo no aplauso versus a depressão do apupo.

Vai daí, comecei à procura de medidas e ações válidas e bem-feitas (é subjetivo, eu sei) para escrever sobre isso, se possível recolhendo depoimentos dos responsáveis.

À cabeça, lembrei-me dos protagonistas da administração local, cujo trabalho de proximidade com as populações influencia de forma direta a qualidade de vida das pessoas. É a minha ideia criticável? Claro, como todas. Nota: estou a borrifar-me, em […]

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