“Se o Estado quer intervir e induzir alterações nas práticas agrícolas, tem de mostrar o caminho e criar incentivos. Não pode meramente proclamar metas e depois não disponibilizar os instrumentos para o efeito. O ónus de não atingir metas será, por conseguinte, da responsabilidade do Ministério da Agricultura e não dos agricultores”, afirmou o secretário-geral da Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP), Luís Mira, em resposta à Lusa.
Este responsável lembrou que o Plano Estratégico para a Política Agrícola Comum (PEPAC) não permite a acumulação do incentivo à agricultura biológica com outros apoios ambientais, além de ter estabelecido uma diminuição às ajudas para as superfícies forrageiras.
Assim, a CAP prevê uma “redução significativa” da área da agricultura biológica e, consequentemente, dificuldade em atingir a meta do Governo.
A Comissão Europeia estabeleceu como objetivo, expresso na Estratégia “Farm to Fork”, ter 25% da superfície agrícola em modo de produção biológico, percentagem que a CAP diz que não foi precedida de qualquer estudo que a fundamente.
Recentemente, a ministra da […]