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Greve nos portos já afecta fornecimento de matérias-primas e “não há planos B”

Os trabalhadores dos portos estão em greve desde 22 de Dezembro e até ao final do próximo mês. Tanto o sindicato que convocou o protesto como as associações empresariais pedem ao Governo que actue.

A greve dos trabalhadores das administrações portuárias, iniciada na semana passada e que se irá prolongar até ao final do próximo mês, já está a ter impacto sobre o fornecimento de matérias-primas, sobretudo no sector agro-alimentar. O alerta é deixado por empresas e associações empresariais, que avisam também que não há alternativas viáveis para manter as operações de importação e exportação de bens, caso a greve se prolongue até à data prevista. Os trabalhadores criticam a ausência de respostas por parte do Ministério das Finanças e prometem levar o protesto até ao fim.

O Sindicato Nacional dos Trabalhadores das Administrações Portuárias (SNTAP) convocou esta greve de vários dias, que começou a 22 de Dezembro e que se irá prolongar até 30 de Janeiro, de forma intercalada, em todos os portos nacionais, devido à “ausência total de disponibilidade” por parte das administrações portuárias para dialogar sobre a proposta de revisão salarial apresentada pelos trabalhadores para 2023. Segundo o sindicato, foram feitos “vários pedidos de reunião” às administrações dos portos, que não terão tido resposta, enquanto, do lado do Governo, também não tem sido demonstrada abertura.

“Tivemos alguns contactos e reuniões com a tutela sectorial. Porém, no último contacto, voltámos à estaca zero. O processo emperra na tutela das Finanças e não é uma questão de verba”, disse o presidente do SNTAP, Serafim Gomes, em declarações à Lusa, acrescentando que o sindicato apresentou várias alternativas ao Governo, mas não obteve resposta, não estando agendada qualquer reunião.

Assim, garante o mesmo responsável, os trabalhadores vão levar os protestos até ao fim. “O desenvolvimento da greve tem tido um impacto elevado face ao […]

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