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Preço mundial do milho subiu 25% e superou pior cenário da FAO

Descida do índice de preços alimentares da FAO, sobretudo nos últimos cinco meses do ano, apaziguou a volatilidade no final de 2022. Mas foi um novo ano de recordes.

Acima da previsão mais moderada e do pior cenário. Os dados completos para 2022 da Organização para a Alimentação e a Agricultura das Nações Unidas (FAO, na sigla em inglês) registam um crescimento de 15,6% do preço do trigo e de 24,8% para o milho. São máximos históricos, da série iniciada em 1990, para o índice de preço dos alimentos da agência da Nações Unidas, apesar do abrandamento no final do ano passado.

Em Março, 15 dias depois de a Rússia ter invadido a Ucrânia e de a guerra ter voltado à Europa, a FAO traçava dois cenários. Na antevisão mais severa, os preços mundiais poderiam vir a subir, no passado ano, 21,5% no caso do trigo, 19,5% no milho, 20% para outros cereais de grãos (cevada, centeio, aveia, sorgo) e 17,8% para oleaginosas (como colza e girassol, mas incluindo também o amendoim, base para os óleos vegetais).

No cenário “mais moderado” para 2022, a agência da ONU para a alimentação e agricultura mundiais apontava para uma subida de 8,7% no trigo, de 8,2% no milho, de 9,6% para os outros grãos e de 10,5% para as oleaginosas.

Contas feitas, a média da evolução dos preços do milho em 2022 superou a previsão do pior cenário da FAO em 3,3 pontos percentuais. No caso do trigo, a previsão mais moderada foi ultrapassada em 6,9 pontos percentuais.

Os dois cereais são base da alimentação da qual dependem muitos países, muitos deles com recursos escassos. “Em 2021, as exportações de trigo da Federação Russa e da Ucrânia representaram cerca de 30% das exportações do mercado global”, explicava Qu Dongyu, director-geral da FAO em Março de 2022. Em 26 países, […]

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