É altura de o governo reconhecer a importância do ministério da agricultura e alimentação e nomear alguém com conhecimento prático, experiência e idade suficientes para não precisar do governo para se promover.
O secretário de estado da agricultura, por questão de saúde, foi substituído, na semana passada e ficámos outra vez com o lugar vazio.
Aguarda-se agora saber quem será o novo secretário de estado! É a pergunta para um milhão de euros. Ainda ninguém sabe!
A Agricultura, a Pecuária, a Indústria Agroalimentar, aguardam com a atitude de complacência que lhe são comuns, perante as dúvidas sobre quem será o escolhido pelo governo.
Não somos exigentes, nem pretendemos imiscuirmo-nos no processo de seleção e/ou escrutínio a fazer pelo Senhor primeiro-ministro.
Apenas pedimos que o(a) secretário(a) de estado seja uma pessoa com competência técnica, com capacidade de decisão e que conheça o terreno, não queremos teóricos!
Pretendemos ainda que seja uma pessoa desprendida e com capacidade de diálogo!
O setor da carne precisa que a pessoa em causa, seja alguém sem medos, que saiba defender o setor que tem contribuído para o desenvolvimento de Portugal, sobretudo o Portugal profundo, onde é tão difícil promover postos de trabalho que garantam a fixação das pessoas.
Deixámos uma pandemia para trás, mas não podemos esquecer que durante todo o período de confinamento, quando as pessoas até tinham medo de sair de casa, não era só por obrigação legal.
Desenganem-se, havia também um medo imenso por parte das pessoas em geral de saírem à rua, mas a agropecuária e a indústria dos alimentos continuaram a sua atividade, criando planos de contingências, horários e turnos desfasados para garantir os alimentos à mesa dos consumidores.
Mas afinal, o que será mais importante que a alimentação e a saúde? Aliás diretamente ligadas, pois, sem uma boa alimentação não haverá saúde. Tudo o resto vem depois.
Porque será que o governo não percebe tão elementar realidade?
É altura de o governo reconhecer a importância do ministério da agricultura e alimentação e nomear alguém com conhecimento prático, experiência e idade suficientes para não precisar do governo para se promover. Que saiba servir a causa, ser funcionário público na aceção da palavra, e não, que se sirva do cargo em prol de si mesmo.
Sobretudo que seja uma pessoa com a coragem que precisamos para voltar a trazer a dignidade que este setor merece!
APIC, 9 de janeiro de 2023
Fonte: APIC