Três razões decisivas para eliminar o IVA dos alimentos essenciais – Ricardo Pinheiro Alves

O crescimento do preço de muitos alimentos essenciais para as famílias portuguesas subiu por vezes cinco vezes mais do que a inflação média verificada na economia portuguesa.

Qual é a principal preocupação para as famílias portuguesas no ano que agora começa? Os efeitos das alterações climáticas daqui a 100 anos? A ameaça da China no Sudeste asiático? As consequências do radicalismo de esquerda no Brasil? A incerteza política e a queda do governo em Portugal? O fim da guerra na Ucrânia? O crescente relativismo dos valores na nossa sociedade? A diminuição da natalidade?

Algumas destas questões preocuparão com certeza alguns portugueses. Mas aquelas não serão a preocupação principal para a grande maioria das famílias que estão e estarão a passar dificuldades em 2023. A grande preocupação será como irão ser pagas as contas ao longo dos próximos meses. E têm razões para estar preocupadas pois sentem que o dinheiro que recebem mensalmente é cada vez mais insuficiente para a alimentação, a roupa, as deslocações, a educação, a saúde, a energia e outras despesas que não podem evitar.

Há três razões principais para a maioria dos portugueses ter esta preocupação.

A primeira é o autêntico saque fiscal em que se transformou a governação em Portugal. Os impostos aumentam continuamente há décadas para tapar os buracos provocados pelo crescimento irresponsável de despesa pública que o pára-raios do Euro e da política monetária expansionista “disfarçou” após 2000.

Só em 2022 foram mais 7 mil M€ tirados aos portugueses do que estava inicialmente orçamentado, e que por si só já era um confisco organizado. Em 2023, a receita cobrada pelo Estado vai ser enorme, cerca de 106 mil M€. Esta subida dos impostos retira dinheiro às famílias que os pagam e faz aumentar os preços que têm de suportar diariamente nas suas compras, pois as empresas reflectem os maiores custos no que cobram aos consumidores. Torna-se assim claro que uma parte deste dinheiro faz muita falta para as famílias poderem ter uma vida normal em 2023.

Em consequência do acumular de “despesismo” governativo, os portugueses entregam todos os anos, em média, quase 40% do dinheiro que recebem pelo seu trabalho para o governo gerir sem controlo.

É verdade que alguns portugueses também têm responsabilidade neste desgoverno, uma vez que […]

Continue a ler este artigo em ECO.


por

Etiquetas: