Para que as AIGP comecem a sair da gaveta e os contratos com o proprietários possam ser assinados, faltava saber os valores a pagar por cada tipo de zona florestal, números que o PÚBLICO agora avança.
A plantação de árvores de crescimento lento nos territórios mais vulneráveis aos incêndios abrangidos pelas 70 áreas integradas de gestão da paisagem (AIGP) — aprovadas pela Direcção-Geral do Território (DGT) e com investimentos do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR) — vai ser subsidiada pelo Estado. Para novos povoamentos em folhosas, por exemplo, o pagamento oscilará “entre 120 e 160 euros” por hectare, revelou ao PÚBLICO fonte oficial do Ministério do Ambiente e Acção Climática (MAAC).
A remuneração está ligada à gestão e manutenção dos serviços dos ecossistemas, ou seja, aos benefícios, materiais e imateriais, associados à conservação da biodiversidade na floresta, à conservação dos solos, à qualidade dos recursos hídricos e ao sequestro e armazenamento de carbono.
O ministro Duarte Cordeiro anunciou, aliás, na última terça-feira, no Parlamento, numa audição na comissão de Agricultura e Pescas, o arranque da consulta pública da legislação que cria o mercado voluntário do carbono em Portugal, que “dará prioridade a projectos de sequestro florestal de carbono, em especial nas áreas florestais ardidas e nas áreas prioritárias previstas nos Programas de Ordenamento […]