Decorreu ontem na cidade de Castelo Branco a segunda acção de um conjunto de manifestações organizadas pela Confederação dos Agricultores de Portugal (CAP) em protesto «contra a incompetência de quem nos governa» e «contra o completo desnorte governativo do sector agrícola e florestal nacional». A acção contou com a participação de associados de várias organizações da região Centro.
Os manifestantes percorreram as ruas da cidade, tendo o protesto terminado junto às instalações da Direcção Regional de Agricultura e Pescas do Centro. São apontados vários motivos para realizar estas manifestações, sendo um deles a transferência de competências das Direcções Regionais de Agricultura para as Comissões de Coordenação e Desenvolvimento Regional.
A CAP anunciou já que os protestos vão continuar durante o mês de Fevereiro, noutras zonas do país. A próxima manifestação está marcada para o dia 9 de Fevereiro, na cidade de Portalegre, com concentração a partir das 10h00, junto à Associação dos Agricultores do Distrito de Portalegre. A CAP refere ainda que as restantes datas e localizações serão anunciadas brevemente.
Entretanto, Luís Mira, secretário geral da CAP, numa entrevista recente ao jornal Nascer do Sol, a propósito da polémica em torno da ausência do cargo de Secretário(a) de Estado da Agricultura do Decreto-Lei n.º 7/2023 – publicado a 27 de Janeiro em Diário da República e que altera o regime de organização e funcionamento do XXIII Governo Constitucional –, afirmou que os agricultores irão reagir ao estado das coisas no sector. Nessa entrevista, Luís Mira indicou que está prevista uma manifestação para Lisboa, a realizar em Março, em data ainda não definida.
Artigo publicado originalmente em Revista Frutas, Legumes e Flores.