ONU ajuda meio milhão de africanos com 14,8 ME para enfrentarem a seca

Cerca de 490 mil cidadãos de Burkina Faso, Gâmbia e Mali vão receber ajuda do Programa Alimentar Mundial(PAM) da ONU para enfrentarem as consequências da seca severa nesta região da África Ocidental nos últimos anos, anunciou a agência.

A ajuda de 15,4 milhões de dólares (14,8 milhões de euros) também inclui apoio nutricional para crianças entre os seis e os 23 meses, bem como mulheres grávidas e lactantes, explicou o PAM.

“Este financiamento permitirá ao PAM ajudar centenas de milhares de pessoas em insegurança alimentar, afetadas por impactos climáticos negativos, com dinheiro e assistência nutricional”, disse Eric Perdison, diretor desta agência da ONU no Mali.

Entre outras coisas, a ajuda que o PAM vai dar em dinheiro às pessoas atingidas pela crise, entre março e maio deste ano, permitirá que “se recuperem dos impactos da seca, por exemplo comprando alimentos ou complementando o seu rendimento para evitar terem de vender os seus bens”.

“As comunidades no Mali contribuem muito pouco para a crise climática. No entanto, os impactos da mudança climática estão a levá-las a uma crise alimentar”, explicou Perdison.

As comunidades rurais nos três países africanos estão enfrentando extensas “perdas e danos nas colheitas”, o seu principal meio de subsistência, devido à extensa seca em 2022, que reduziu a disponibilidade de alimentos e fez disparar os preços na região.

Os fundos transferidos provêm do sistema de seguros “African Risk Capacity” (ARC), uma entidade da União Africana criada para ajudar os seus governos a responder a catástrofes naturais, eventos climáticos extremos e emergências de saúde, mobilizando recursos em toda a região.


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