Um ano de guerra na Ucrânia: o acordo para a exportação de cereais

A Ucrânia é um dos maiores produtores de cereais do mundo. Mas, com o início da guerra, a colheita e a exportação ficou comprometida. Só no verão é que Rússia, Ucrânia e Turquia fecharam o acordo.

A Ucrânia é há muito considerado um dos maiores produtores de cereais a nível mundial. O início da guerra perturbou o abastecimento mundial: os preços subiram e muitas regiões do mundo ressentiram-se com a falta de cereais. Foi já em pleno verão, que as Nações Unidas e a Turquia conseguiram mediar um acordo entre a Rússia e a Ucrânia.

Durante os primeiros meses de guerra, os cereais produzidos na Ucrânia, estiveram em risco de não poderem ser exportados. Bombardeamentos constantes, a migração forçada de milhões de ucranianos ameaçaram a produção e a colheita.

Considerada um dos celeiros do mundo, a Ucrânia ocupava, em 2020, o sétimo lugar entre os produtores de trigo. Mas com o mar Negro tomado por navios de guerra russos, que tentavam conquistar a costa sul do pais – desde Mariupol a Odessa – a exportação de cereais de 2022 esteve seriamente comprometida.

Só a 22 de julho é que o acordo seria alcançado em Istambul, com a mediação também da Turquia e a intervenção direta do Presidente turco. No Centro de Coordenação Conjunta, a carga passou a ser inspecionada por elementos de todas as partes envolvidas. Só então os navios podem seguir caminho através das rotas mundiais.

Ao longo da curta vida, o acordo contou com vários percalços. O primeiro logo no dia seguinte à assinatura, com um ataque russo com mísseis ao porto de Odessa. Acabaria por entrar em vigor no dia 1 de agosto. Em outubro, Moscovo viria a suspendê-lo por vários dias depois de ataques sofridos na península da Crimeia.

A cada renovação, prevista de quatro em quatro meses, a Rússia ameaça não prolongar o acordo. A próxima renovação está prevista ainda para este mês de fevereiro.

Veja a reportagem na SIC Notícias.


Publicado

em

,

por

Etiquetas: