O preço do cabaz de bens alimentares essenciais voltou a bater recordes na semana passada. Comprar laticínios ou peixe já implica um esforço de mais de 25% por parte das famílias
Tudo o que escrevemos no título é verdade, mas não tem obrigatoriamente uma relação causa/efeito. Na verdade, a subida do preço dos alimentos desde o dia 23 de fevereiro de 2022, véspera do início da Guerra na Ucrânia, está muito acima daquilo que tem sido a taxa de inflação e é, suspeita-se, muito alimentada pela especulação.
São poucas as razões materiais que podem explicar as subidas superiores a 25% de produtos como os laticínios ou o arroz (cujo preço disparou 73%), que são produzidos nacionalmente, e cuja grande percentagem do aumento de preço, segundo os produtores, está a ficar algures a meio da cadeia de distribuição.
Mas a verdade é que as famílias que vivem em Portugal estão a pagar agora mais 24,52% para conseguir comprar o mesmo cabaz de bens alimentares essenciais do que pagavam em fevereiro do ano passado, numa altura em que o custo de vida se está a tornar num desafio. É que a perda do poder de compra é real, com […]