Empresa do Alentejo de carne suína quer exportar para 80 países e faturar 120 ME

A unidade de produção de carne de porco Maporal, em Reguengos de Monsaraz (Évora), já exporta para 25 mercados, mas quer atingir os 80 e aumentar a faturação dos 45 para os 120 milhões de euros, em 2024.

Nuno Correia, administrador e acionista da Maporal, explicou hoje à agência Lusa que a unidade produtora de carne suína (fresca e congelada) tem agora uma faturação anual de 45 milhões de euros.

“O objetivo é chegar, ao final de 2023, com 80 milhões e, no ano que vem, com 120 milhões”, assumiu.

O administrador falava à agência Lusa à margem da visita que a ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, efetuou hoje à empresa, situada na zona industrial de Reguengos de Monsaraz.

Segundo o Ministério da Agricultura e da Alimentação (MAA), a Maporal “é uma empresa de referência na prestação de serviços de abate e desmancha, na distribuição e exportação de carne portuguesa de suíno para os mercados internacionais”.

E, recentemente, renovou “a sua unidade industrial de forma a aumentar a sua capacidade de produção”, acrescentou o MAA.

Com capacidade para abater 3.000 animais por dia, a Maporal é a “maior [unidade de produção de carne suína] de Portugal” e uma “das mais modernas da Europa”, segundo informação da própria empresa, em comunicado.

Nuno Correia explicou à Lusa que, na unidade alentejana, com 120 empregados, já foram investidos “24 milhões de euros”, existindo “uma linha de abate com 45 linhas de processamento” e um matadouro, que foi renovado.

“Já existia um matadouro aqui e construímos um totalmente novo, o que nos permitiu aumentar muito a nossa capacidade de abate”, referiu, indicando que estes investimentos integraram a 1.ª fase do investimento, que ficará terminada “em junho deste ano”.

Já a 2.ª fase, “vai arrancar no final deste ano” e será dedicada “à armazenagem”, porque, dos produtos que a unidade fabrica, “há muitos que são congelados e têm que ser armazenados”, revelou.

“É neste âmbito que vamos apresentar uma nova candidatura a fundos comunitários, que será à volta de 10 milhões de euros”, acrescentou.

Com 25 países na ‘carteira’ de exportações, em que a China se assume como o grande destinatário da carne oriunda da Maporal, a empresa quer “chegar aos 80 países”.

As vendas nos mercados externos representam “75% do volume de faturação”, mas o objetivo é crescer para “os 90% nesta unidade”, disse Nuno Correia, explicando que os acionistas da Maporal possuem outras duas unidades em Portugal, uma no distrito de Santarém e outra no de Setúbal.

A abertura de novos mercados é considerada “imprescindível” pela empresa, que quer exportar para o Japão, Tailândia, Singapura ou Estados Unidos da América, entre outros, e que solicitou hoje o apoio do Governo nesta área.

“O Governo tem que tentar acompanhar a velocidade dos mercados globais e aqui a dificuldade muitas vezes é essa, é que os mercados globais não esperam por nós. E é importante que o Governo e os serviços percebam isso e tentem agilizar ao máximo”, defendeu Nuno Correia.

Questionada pelos jornalistas, a ministra da Agricultura garantiu que o Governo está empenhado neste apoio e que foi criado “um grupo específico com o Ministério da Agricultura e com o Ministério dos Negócios Estrangeiros para facilitar todo este procedimento”.


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