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Ucrânia: Rússia e Turquia discutem acordo para exportar cereais ucranianos

O ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Serguei Lavrov, discutiu hoje com o homólogo turco, Mevlüt Çavusoglu, o futuro do acordo para a exportação de cereais ucranianos e a vinculação do protocolo à exportação de produtos agrícolas russos.

“A continuação do acordo sobre os cereais só será possível se os interesses dos produtores agrícolas e de fertilizantes forem levados em consideração em termos de acesso irrestrito ao mercado internacional”, informou, num comunicado, o Ministério dos Negócios Estrangeiros da Rússia a propósito da reunião realizada entre os dois diplomatas à margem do encontro dos chefes da diplomacia das 20 maiores economias mundiais (G20), a decorrer hoje e quinta-feira na capital indiana, Nova Deli.

Segundo a diplomacia russa, os ministros também trocaram impressões sobre a cooperação entre Moscovo e Ancara na esfera comercial e económica e, em particular, eventuais medidas de ajuda para a Turquia após o sismo que atingiu o sudeste do país no início de fevereiro.

A Rússia ameaçou retirar o apoio ao pacto de exportação de cereais, que expira no dia 18 deste mês, se as sanções ao comércio de produtos agrícolas da Rússia não forem suspensas, uma exigência que Moscovo vincula diretamente a esse acordo.

Em meados de fevereiro, o vice-ministro dos Negócios Estrangeiros russo, Sergei Vershinin, afirmou que “sem resultados tangíveis na implementação do memorando Rússia-ONU, a conceção do pacote de acordos de Istambul e a própria prorrogação do documento ucraniano não são convenientes”.

O acordo sobre a exportação de cereais e fertilizantes ucranianos e russos foi firmado em julho de 2022 em Istambul pela Rússia e a Ucrânia, sob os auspícios da ONU e da Turquia.

A Iniciativa de Cereais do Mar Negro (nome oficial do acordo de exportações de cereais ucranianos dos portos da Ucrânia) tem ajudado a aliviar a crise alimentar mundial provocada pela guerra na Ucrânia.

A ofensiva militar russa no território ucraniano, lançada a 24 de fevereiro do ano passado, mergulhou a Europa naquela que é considerada a crise de segurança mais grave desde a Segunda Guerra Mundial (1939-1945).


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