Supermercados apanhados a cobrar mais na caixa e com pesagem de produtos alterada

Preço do cabaz de produtos alimentares aumentou mais do dobro da inflação, 21,1%, no último ano. Há produtos com aumentos de 40%, 50% e até 70%, disse secretário de Estado do Turismo.

A Autoridade de Segurança Alimentar e Económica (ASAE) voltou ao terreno para fiscalizar os supermercados. Na mira dos inspectores estavam possíveis crimes de especulação.

Preços diferentes entre a prateleira e caixa, por exemplo em produtos como o queijo, a carne, a fruta e os cereais, peso a menos do que o indicado nos produtos e até um supermercado fechado temporariamente porque tinha problemas de calibragem nas balanças, foram algumas das irregularidades detectadas nesta quarta-feira.

Ao todo, a ASAE abriu dez processos-crime e 12 processos de contra-ordenação. Esta acção de fiscalização juntou dez brigadas no Norte do país, 12 brigadas no Sul e 16 brigadas na região Centro. No terreno, estiveram 80 inspectores que fiscalizaram um total de 123 supermercados.

A ASAE já tinha feito fiscalizações junto dos supermercados no final de 2022, mas resolveu intensificar estas acções, uma vez que se começou a reflectir nos preços a subida da inflação.

Existem razões para justificar as subidas de preços? Segundo o inspector-geral da ASAE, Pedro Portugal Gaspar, nem sempre.

“Há uma percepção de que há um preço de venda ao público nos bens alimentares que é elevado, com um diferencial relativamente à inflação mais amplo”, explicou Pedro Portugal Gaspar em declarações à CNN, garantindo que a ASAE vai continuar a actuar para acompanhar a evolução dos preços, que “em alguns casos estão errados”.

O inspector-geral explicou que, tal como a Deco, a ASAE também faz a sua monitorização do cabaz alimentar desde Janeiro de 2022.

Já o secretário de Estado do Turismo, Comércio e Serviços, Nuno Fazenda, explicou, em declarações à Lusa, que esta acção inspectiva da ASAE teve “como pano de fundo que Portugal tem uma inflação geral de 8,6%, abaixo da média da União Europeia de 10%, mas, no […]

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