Retalho justifica aumentos nos alimentos com subida do preço das matérias-primas

Associação que representa o setor do retalho alimentar recusa margens abusivas, argumentando que a subida dos custos dos fatores de produção têm impacto no preços de venda dos produtos ao consumidor.

O diretor-geral da Associação Portuguesa de Empresas de Distribuição (APED), Gonçalo Lobo Xavier, rejeitou esta segunda-feira que haja especulação por parte do retalho agroalimentar, afirmando que o aumento dos preços nos alimentos reflete antes a subida dos custos com a produção, o transporte e a energia.

“Não há especulação, claramente”, disse Gonçalo Lobo Xavier, em entrevista à RTP3. Dando como exemplo o aumento de preço do leite nos últimos dois meses, que foi “na ordem dos 75%”, o representante da APED explicou que as organizações vendem o leite aos retalhistas 75% mais caro e, por isso, “é muito difícil não transmitir esse preço para o consumidor“.

Gonçalo Lobo Xavier acrescentou que “o negócio do retalho alimentar é um negócio de volume, não um negócio de margem“. Com as margens médias do setor “na ordem dos 2% a 3%”, o que se passa é que tem havido “um aumento do custo dos fatores de produção, em muitas áreas, que têm […]

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