Esporão entra no campeonato dos vinhos de talha

A empresa faz vinhos de talha desde 2014, mas só agora colocou no mercado duas colheitas, e com tempo de garrafa pouco habitual nesta categoria. Valeu a pena esperar.

A cultura organizacional de algumas empresas de vinho faz-nos lembrar um certo carácter dos chefs de cozinha que gostamos de dividir nas seguintes categorias: os repentistas e os racionalistas. O repentista é aquele a quem se lança um desafio com um ou dois ingredientes e, meia dúzia de horas depois, sai um prato novo (Vítor Sobral, por exemplo); o racionalista é aquele que precisa de dias, semanas ou meses para apresentar um prato que é suposto perdurar no tempo (caso de Miguel Castro e Silva, o chef português que tem receitas registas no Larousse Gastronomique). Tais comportamentos não dizem que um chef é melhor do que outro, até porque estamos perante dois senadores da cozinha portuguesa. Revelam apenas maneiras de ser. E nós gostamos disso. Gostamos da diferença.

No caso do vinho, existem semelhanças. Há empresas e/ou enólogos que entendem que o lançamento de novos vinhos todos anos (vinhos com perfis mais disruptivos ou exploração de castas minoritárias) é uma boa estratégia para se manterem no radar das notícias (António Maçanita, Luís Pato, Soalheiro ou Paulo Nunes) e há empresas que só lançam novos vinhos depois de muito tempo de testes, […]

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