Soluções para reforçar a Resiliência Hídrica do Tejo debatidas no CCVFloresta

O CCVFloresta foi palco de Sessão Pública de Apresentação sobre as principais soluções para reforçar a Resiliência Hídrica do Tejo, entre as quais está a Barragem do Alvito. A cerimónia decorreu a 7 de março e contou a presença de diversos autarcas que integram as Comunidades Intermunicipais da Beira Baixa, Médio Tejo e Lezíria do Tejo desta área regional, bem como o Secretário de Estado do Ambiente Hugo Pires e o Ministro do Ambiente e Ação Climática, Duarte Cordeiro.

“Enquanto proencense, a minha expectativa é grande quanto à ideia de ter uma barragem como a do Alvito, que se iniciou processo nos idos anos de 1948. Era bom inaugurarmos em 2028, celebrando os 100 anos desta grande esperança nesta infraestrutura. Estou certo que, antes disso vamos ter com certeza projeto de execução e início de obra, não apenas para orgulho próprio de todos os proencenses, mas sim para contribuir naquilo que é essencial: a resiliência hídrica do Tejo e uma reserva de água estratégica com multifuncionalidade assente na preocupação ambiental e da mitigação das alterações climáticas”, afirmou João Lobo, presidente da CIMBB – Comunidade Intermunicipal da Beira Baixa – na abertura e sessão de boas vindas da sessão.

Pimenta Machado, vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente, começou por apontar, na sua apresentação, à importância desta bacia caracterizando a sua extensão, não só no território português, mas também espanhol. Pimenta Machado seguiu elencando aquelas que, na ótica da organização, são as principais soluções para o reforço da resiliência hídrica do Tejo, nomeadamente: o “Programa Reserva Hídrica do Cabril / Barragem do Alvito / Túnel ligação Zêzere-Tejo”, com o aumento da capacidade, armazenamento e garantia de caudais ambientais no rio Tejo; “a PPP Açude Abrantes – Recuperação da PPP” (Parcerias Público-Privadas) do Açude de Abrantes; o “PE Gestão de Inertes”, com a elaboração de um Plano específico de em domínio hídrico do rio Tejo; a “ApR”, promovendo o uso de água residual tratada no Tejo e Oeste; e ainda através da elaboração do Pacto Regional Água, anunciou o vice-presidente da Agência no momento da sua intervenção.

No momento de encerramento da sessão, e já depois de terem discursado Anabela Freitas, presidente da Comunidade Intermunicipal do Médio Tejo; Pedro Ribeiro, Presidente da Comunidade Intermunicipal da Lezíria do Tejo e Alexandra Serra, Presidente do Conselho de Administração da Águas do Tejo Atlântico, foi a vez do ministro do Ambiente e da Ação Climática, Duarte Cordeiro, dar o seu parecer.

“Estamos todos conscientes de que estamos a viver um contexto de mudança. O ano passado foi particularmente difícil para todos nós pela seca que afetou este território e que nos exige respostas. A ideia será a APA colocar estas várias soluções, mas essencialmente que haja discussão entre os presidentes de Câmara para que consigam complementar estas com outras propostas da vossa avaliação regional”, frisou o ministro do Ambiente e Ação Climática. Especificamente quanto à barragem do Alvito, Duarte Cordeiro aponta como sendo “uma proposta que parte de uma ideia que já existia, portanto o ponto de partida não exige grande criatividade. Os benefícios da construção desta barragem já são conhecidos e tem uma declaração de impacto ambiental favorável”, retirando qualquer obstáculo ao acolhimento desta proposta.

O artigo foi publicado originalmente em Gazeta Rural.


Publicado

em

,

por

Etiquetas: