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Indústria alemã defende rápida implementação do acordo UE-Mercosul

Os industriais alemães defenderam hoje uma rápida implementação do acordo entre a União Europeia e o bloco de países da América Latina Mercosul, nas vésperas da 39ª edição das Jornadas Empresariais germano-brasileiras.

“A importância do Brasil para a Alemanha deveria refletir-se também nos números comerciais; o país deve figurar na lista dos 20 parceiros comerciais mais importantes; um grande avanço para uma maior cooperação seria a rápida entrada em vigor do acordo EU-Mercosul”, disse o presidente da Confederação da Indústria alemã, Siegfried Russwurm, citado pela agência espanhola de notícias, a Efe.

A reunião em Belo Horizonte, que começou no sábado e prolonga-se até final da semana, acontece quase 24 anos depois do início das negociações para o acordo comercial entre os dois blocos económicos, o que demonstra, disse o empresário, que “é preciso mais pragmatismo na política comercial da UE”.

Russwurm sublinhou a importância de “não perder a oportunidade” de implementar com este bloco de países sul-americanos “um dos projetos mais importantes” da agenda comercial bilateral, que “evitaria 85% dos importantes sobre a exportação europeus para a região e, por isso, vários milhares de milhões de euros em impostos para as empresas todos os anos”.

O acordo UE-Mercosul estabelece “padrões elevados em matéria de proteção do meio ambiente e direitos dos trabalhadores e garante a todos os países a possibilidade de aplicar eficazmente o Acordo de Paris sobre as alterações climáticas”, e contém ainda um capítulo separado sobre a sustentabilidade, que contém normas sobre a biodiversidade, a gestão florestal sustentável e a luta contra o abate ilegal de árvores, acrescentou.

A Alemanha leva para a reunião bilateral de Belo Horizonte, no sudeste do Brasil, o ministro da Economia e do Clima, Robert Habeck, e o seu homólogo da Alimentação e Agricultura, Cem Özdemir, que encabeçam uma delegação empresarial que visitará também a capital da Colômbia, Bogotá.

Brasil, Argentina, Paraguai, Uruguai e Venezuela são os Estados membros do Mercosul, ao passo que Chile, Peru, Colômbia, Equador, Guiana e Suriname são Estados observadores.


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