O secretário de Estado do Ambiente, Hugo Pires, afirmou, esta terça-feira, em Guimarães, numa iniciativa em que se assinalava o Dia Internacional de Ação pelos Rios e contra Barragens, que o Governo está pronto para dar início a um processo de regulamentação da profissão de guarda-rios. O município minhoto é dos que, nos últimos anos, mesmo sem enquadramento legal, recuperou a profissão, extinta desde 1995.
Hugo Pires lembrou que “a quantidade de água que temos hoje não é a mesma que tínhamos há 50 anos atrás”. Para o governante, a questão do cuidado com a água está relacionada com o futuro que queremos para os nossos filhos e netos. “Em Itália, França e até no Reino Unido, nesta altura, há situações de seca e isso deve-se às alterações climáticas”, alertou.
“Há pontos do nosso país com problemas de abastecimento, em Viseu andaram camiões cisterna a levar água as populações”, acrescentou o secretário de Estado, que elogiou o papel de Guimarães em termos ambientais. Relativamente aos guarda-rios, afirmou que “é um concelho que anda à frente do seu tempo”.
O vice-presidente da Agência Portuguesa do Ambiente (APA), José Pimenta Machado, também é de opinião que “os guarda-rios são uma ótima iniciativa”. Para este responsável, “estes profissionais, no século XXI, são diferentes dos do passado, a sua primeira missão é a pedagogia.” Elogiou ainda a “resiliência” de Guimarães que volta a candidatar-se para ser Capital Verde Europeia, em 2025. […]