A ciência aliada aos castanheiros

castanheirosNa próxima quarta-feira, dia 3, os agricultores de Carrazedo de Montenegro, no concelho de Valpaços, vão poder aprender a aplicar um tratamento em castanheiros desenvolvido por investigadores do Centro de Investigação e de Tecnologias Agroambientais e Biológicas (CITAB) da Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). Este tratamento tem como objetivo controlar fungos que têm vindo a comprometer a saúde dos castanheiros, ao mesmo tempo que se sensibiliza o setor para estas problemáticas.

José Gomes Laranjo e Ana Sampaio são os investigadores do CITAB responsáveis por esta ação de demonstração, que terá lugar na Associação Cultural Rio Bom. Destinada a um grupo de 100 agricultores que, no seu conjunto, exploram cerca de 1000 hectares de souto, esta ação do CITAB vai mostrar como se combate o fungo Gnomoniopsis castaneae, que provoca a “podridão castanha” da castanha cujo impacto tem vindo a aumentar de ano para ano, e que só em 2024 estragou cerca de 40% da produção nacional.

“Vamos fazer a aplicação de um tratamento, por pulverização, de um composto nutritivo, importado de Itália, especificamente para este efeito, e que é constituído à base de zinco, manganês e molibdénio nas copas dos castanheiros. Com este tratamento, testado previamente pelo grupo de trabalho criado no âmbito da Eurocastanea (Associação Europeia da Castanha), vamos ajudar a controlar o fungo que se instala nas flores femininas do castanheiro, as quais irão originar, mais tarde, os ouriços com castanhas”, explica José Gomes Laranjo.

Este dia de sensibilização junto dos produtores vai ajudar a promover o controlo da doença, que deve começar logo na floração dos castanheiros. “Normalmente, é nesta altura do ano que ocorre a infeção, pelo que é importante passar esta informação o quanto antes. Esperamos que na próxima campanha de colheita se possam refletir os resultados deste dia e de outros como este”, conclui o investigador do CITAB.

Esta iniciativa resulta do protocolo “Salvar a Castanha”, assinado pela UTAD e pela Agromontenegro, empresa sediada naquela vila.

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(fonte: CITAB – Centro de Investigação e Tecnologias Agroambientais e Biológicas)

O artigo foi publicado originalmente em Rede Rural Nacional.


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