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A economia dos incêndios – Paulo Reis Mourão

Será que os incendiários ateariam menos fogos se os espaços combustíveis fossem diferentes? Os criminosos cometeriam menos crimes se as vítimas usassem vestuário diferente? – será uma questão conexa.

Todos esperamos sempre o melhor. E muitas vezes o melhor é a melhor das sortes.

O mesmo acontece quando esperamos o melhor Verão em termos de incêndios. Sobretudo, esperamos a melhor sorte, porque, ao invés, quando as coisas não correm bem tendemos a culpabilizar, na falta de melhores, o azar. O azar é geralmente o conjunto de forças – muitas vezes abstractas, exógenas e superlativas – que não controlamos com a vontade, com o voto ou com o dinheiro. É azar o tempo seco, é azar o tempo quente, é azar a abundância do mato gerado naquela estação.

A responsabilização dos incêndios quando onera os proprietários florestais (que tendem a ser as principais vítimas dos mesmos) omite a causa fundamental por detrás da grande maioria dos incêndios florestais em Portugal. Essa causa responsabiliza o ser humano como […]

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