A floresta na recuperação sustentável da economia

A conferência anual da revista EXAME – “Portugal em Exame 2021” – decorreu sob o tema da retoma sustentável da economia e os caminhos da sustentabilidade passaram também pela floresta. As prioridades definidas a nível europeu para os grandes investimentos pós-pandemia, reforçam a importância do cruzamento entre crescimento e sustentabilidade. Num encontro que contou com economistas e convidados das áreas do comércio e indústria, do espetáculo, do turismo, da banca e da academia, o debate centrou-se sobre as prioridades da gestão em Portugal.

O papel da floresta neste equilíbrio entre economia e ambiente foi abordado no painel “O que é isso da Sustentabilidade?”, que contou, entre outros, com a presença do administrador-executivo da The Navigator Company, João Lé, que explicou como esta Companhia equilibra a proteção ambiental com a criação de valor para o acionista e a sociedade, sublinhando que a empresa tem “a sustentabilidade nos seus valores corporativos e no seu propósito há muitos anos”.

“Sendo uma indústria de base florestal, temos de plantar e cuidar para depois colher e só sendo sustentáveis podemos ser competitivos”, afirmou João Lé, da Navigator, destacando a importância da criação de valor sustentável num setor que se baseia na gestão responsável da floresta.

“Sendo uma indústria de base florestal, temos de plantar e cuidar para depois colher e só sendo sustentáveis podemos ser competitivos”, afirmou João Lé, destacando a importância da criação de valor sustentável num setor que, baseada numa gestão responsável na floresta, na investigação e na inovação, oferece produtos e soluções naturais, recicláveis e biodegradáveis, e também permite promover “importantes contributos ao nível de retenção de CO2, de produção de oxigénio, de proteção da biodiversidade, de formação do solo ou do ciclo da água”.

Mudança para uma economia verde

O desafio global do desenvolvimento sustentável, como vista a promover uma economia que contribui para mitigar as alterações climáticas, coloca mais do que nunca a pressão da ação sobre as empresas. É por isso que Companhia tem, por exemplo uma forte componente de “Investigação & Desenvolvimento na parte florestal e tecnológica, com cerca de 100 pessoas a procurar e desenvolver as melhores práticas na floresta e novos produtos”, refere o administrador-executivo da Navigator.

João Lé reforçou o compromisso da empresa com a sustentabilidade, também na forma como “submetemo-nos a avaliações externas regulares e aderimos a iniciativas que promovem a gestão responsável, como o BCSD”. Mas também na Agenda 2030 da Navigator, uma matriz concetual que inclui 14 compromissos assumidos a 10 anos em quatro eixos de atividade, que obrigam a mostrar ao mundo as opções de sustentabilidade tomadas pela empresa. “Uma força de mudança é sermos transparentes e termos de prestar contas”, garantiu o administrador. Algo que a certificação florestal, que não existia há 30 anos, veio também exigir que acontecesse.

Um exemplo de como a floresta bem gerida e certificada está na base de uma solução natural para a transição para uma economia verde e circular, é o lançamento da nova linha de papel da The Navigator Company para embalagem – o papel gKraft. Depois de ter criado uma marca de papel de impressão e escrita reconhecida internacionalmente, produzida a partir de matéria-prima florestal nacional – “quando os nórdicos, que eram os campeões desta indústria, diziam ser impossível fazer este tipo de papel com eucalipto”, recorda João Lé –, a Companhia está agora a abrir, a partir da floresta, um novo caminho, com o objetivo de contribuir para acelerar a transição do uso do plástico para a utilização de fibras naturais, recicláveis e biodegradáveis, renovando o seu compromisso com a sustentabilidade e com a preservação do ambiente. Veja na íntegra a conferência da EXAME aqui.


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