Em cada época de incêndios, o país sobressalta-se com o risco de incêndio, questiona as opções das espécies plantadas, lamenta a desertificação populacional dos territórios, em especial, os do Interior, e indigna-se com a perda de património natural que resulta das ignições, pela destruição dos ecossistemas, da paisagem e de ativos importantes da economia nacional.
A floresta está sujeita a uma conjugação de fatores que precisam de ser modelados e invertidos, com ambição e sentido prático do futuro.
Mudar o foco da exclusiva preservação ambiental para a valorização económica da floresta é decisivo para mudar de paradigma e ter melhores resultados. A floresta tem de ser um ativo patrimonial rentável. Tem de ser estruturada e cuidada no pressuposto de que, para além da dimensão ecológica e da preservação da natureza, existem ganhos para quem se ocupe dela com cabeça, tronco e membros. Também aqui, os fundamentalismos ambientais são dispensáveis. O ponto é o equilíbrio, um novo ponto de compromisso, que conjugue a preservação, a biodiversidade e a adequada remuneração pela atividade de aproveitamento das espécies plantadas. Se a floresta dá um contributo para a […]