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– 05-11-2013 |
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A ind�stria florestal e os contribuintesRegistamos as declarações do presidente da Altri no final do passado m�s de outubro, as quais primam pelo equil�brio, especialmente face � postura hip�crita do outro player na produ��o de pasta celul�sica em Portugal. Relembro a prop�sito o t�tulo do Jornal I, de 15 de maio de 2012.
Existem contudo dois aspetos que merecem ser questionados. 1. Face � alegada escassez de matéria-prima, como justificar� o presidente da Altri a redu��o de áreas pr�prias de eucaliptal e de pinhal bravo por parte das empresas de celuloses entre 2002 e 2011? Faz-se notar que os n�meros a que tivemos acesso, através da CELPA � Associa��o da Ind�stria Papeleira, não nos permitem desdobrar essa redu��o por empresas. Todavia, os n�meros potenciam, no seu conjunto, uma redu��o na capacidade de autoabastecimento das empresas (não sendo contrariadas pelo aumento da produtividade unit�ria), bem como a transfer�ncia do risco do neg�cio para centenas de milhares de fam�lias que asseguram o abastecimento a esta ind�stria e, em última análise, para os contribuintes (quer no financiamento da florestação de pinhal bravo � pelos apoios da PAC � e do eucalipto � pelos benef�cios fiscais �s empresas industriais, quer no pagamento dos elevados e injustific�veis encargos econ�micos, sociais e ambientais decorrentes dos inc�ndios florestais). Fonte: Celpa � Associa��o da Ind�stria Papeleira. Boletim Estatéstico 2011 2. � usual os industriais fazerem refer�ncia aos apoios públicos para a alegada viabiliza��o dos respetivos neg�cios silvo-industriais. não constituirá tal facto um abuso? não deveria a sua atividade ser impulsionada com base em neg�cios decorrentes de relacionamentos win-win, ao inv�s de reclamarem insistentemente o apoio dos contribuintes? não existirá demasiado �apelo� aos contribuintes quer na promo��o quer na assun��o dos riscos nos principais neg�cios silvo-industriais em Portugal? Temos esperan�a em obter respostas �s questáes ora colocadas. Lisboa, 05 de novembro de 2013
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