A joia do Mediterrâneo chamada azeitona

Rica em ácidos gordos, vitaminas e antioxidantes, a azeitona é muito boa para a saúde e quando transformada em azeite, os benefícios são igualmente poderosos. É precisamente o que defende o médico Pedro Lôbo do Vale, na revista de saúde Prevenir.

No seu artigo, o médico refere que o azeite ajuda a reduzir o mau colesterol (LDL), mantendo o nível do bom colesterol (HDL); ajuda a prevenir o desenvolvimento de doenças cardiovasculares como a aterosclerose, trombose, enfarte cardíaco e acidentes vasculares cerebrais; ajuda a proteger o sistema digestivo ao prevenir o excesso de ácido no estômago; contribui para o bom funcionamento da vesícula biliar, promove a assimilação de nutrientes e ajuda a regular o trânsito intestinal, entre muitos outros benefícios.

Existem, atualmente, centenas de variedades de azeitonas, muitas para consumo à mesa, outras tantas para a produção de azeite. O azeite está também disponível numa grande variedade, sendo o extra-virgem, obtido a partir do óleo não refinado da primeira prensagem, o mais aconselhado.

Calcula-se que existam 800 milhões de oliveiras no mundo, 90% nos países junto ao Mar Mediterrâneo, onde estão os principais países produtores de azeitona: Portugal, Espanha, Itália, Grécia, França, Turquia, Marrocos e Tunísia. Mas começa a não ser estranho ver a oliveiras na China, Chile, Peru, Brasil, México, Angola, África do Sul, Uruguai, Afeganistão, Austrália e até nos EUA.

Ainda assim, há países que continuam a importar azeite. É o caso do Brasil, em relação ao qual o Conselho Oleícola Internacional (COI) estima que as importações de azeite e óleo de bagaço de azeitona deverão aumentar 28% (76.816 toneladas), mercado onde Portugal é o principal fornecedor com uma quota de 59%, tendo aumentado as exportações 5% em relação à campanha anterior. Espanha é o fornecedor que se segue, com uma quota de 16%, seguida de Itália (6%) e da Grécia (1%).

De acordo com a mesma entidade, já as importações de azeite da União Europeia (UE) deverão registar um crescimento de 89% nos dez meses da campanha 2017/2018, enquanto as compras dentro da UE deverão recuar 5% face à campanha anterior.

Cultivar oliveiras pode não ser para todos, visto que é uma cultura que precisa de tempo e paciência. Uma oliveira pode começar a dar fruto ao fim de oito anos ou até menos, mas habitualmente a sua capacidade produtiva só é alcançada ao fim de 15 ou 20 anos. E é preciso que pragas e doenças não ataquem estas árvores, nomeadamente o Olho de Pavão, Gafa, Cercosporiose, Fumagina, Tuberculose, Traça da Oliveira, Gorgulho da Oliveira, entre muitos outros. Isto, apesar de se tratar de uma das árvores mais resistentes a estas pragas e doenças.


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