ADACO

A Ministra da Agricultura e o Governo demonstram falta de consideração para com o setor

Apesar de alertados  pela ADACO – Associação Distrital dos Agricultores de Coimbra e pela Comissão de Agricultores do Baixo – Mondego   para  a situação grave que  o setor agrícola  está a atravessar, a senhora Ministra da Agricultura e o Governo continuam a demonstrar  um   desconhecimento confrangedor da situação real dos agricultores e da agricultura portuguesa

Ao mesmo tempo   demonstram uma falta de consideração para com o setor.

Não há medidas concretas para resolver a situação, apenas cadernos de intenções que nem sequer estão aprovados, sendo que  os descontos de 3,4 cêntimos por litro no gasóleo colorido  e os apoios á  eletricidade verde,  são insuficientes.

Além disso a medida  de apoio á eletricidade verde,  ainda não chegou aos agricultores! Aprovada há quase um ano (Junho de 2021) pela AR, ainda está á espera de um despacho do Ministério das Finanças para se concretizar – do que é que estão à espera?

Na semana em que o gasóleo rodoviário e a gasolina  baixaram, o gasóleo colorido sobe entre 3 a 4 cêntimos/litro (conforme as bombas), estando agora o preço médio entre os 1,56 e 1,59 cêntimos/litro; ou seja hoje o gasóleo para  agricultura custa  o dobro do que custava há um ano atrás.

A senhora Ministra da Agricultura limitou-se  na audição parlamentar na Comissão de Agricultura e Pescas da AR realizada ontem  3 de Maio,  a afirmar que “o gasóleo agrícola já têm o IVA a 13%”,  que “em termos de ISP  o gasóleo colorido tem um valor reduzido”:

O Ministério da Agricultura e o Governo  que expliquem   como no espaço de um ano o gasóleo colorido aumenta 100%, os adubos 300%, os fertilizantes e rações 200%, os herbicidas e  os pesticidas na ordem dos 100%; que expliquem  que impacto é que têm  retirar apenas o IVA aos fertilizantes e rações.

Que expliquem porque é que os barcos turísticos marítimos e fluviais têm isenção do IVA e ISP no combustível,   as transportadoras têm um desconto de 30 cêntimos/litro no gasóleo , enquanto os agricultores são tratados como portugueses de segunda.

Os agricultores reclamam ao Governo e  Ministério da Agricultura a  isenção do IVA  e  do (ISP) no gasóleo agrícola , como há para outras atividades, ou então o subsídio de  30 cêntimos por litro de combustível, como há para as empresas de transporte.


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