Entre 1 e 29 de fevereiro decorrem as votações para o 10º Concurso Europeu Tree of the year 2020 para escolher a árvore europeia com a história mais interessante.
O concurso europeu é uma final constituída pelos vencedores do concurso nacional de cada país, estando Portugal representado pelo Castanheiro de Vales, vencedor do concurso Árvore do Ano no nosso país.
Competem na edição deste ano 16 árvores que representam os 16 países participantes, podendo votar em treeoftheyear.org/vote.
Embora seja possível votar na sua árvore preferida até 29 de fevereiro, na fase final do concurso, designadamente a partir de 23 de fevereiro, as classificações do Concurso Árvore do Ano Europeia deixarão de estar visíveis. O vencedor só será conhecido no dia do anúncio final.
A Entrega de Prémios decorrerá no Parlamento Europeu em Bruxelas, no dia 17 de março, numa cerimónia que será conduzida pelos eurodeputados Luděk Niedermayer e Michal Wiezik.
Informação de Enquadramento
O Concurso Árvore Europeia do Ano realiza-se desde 2011, celebrando nesta ocasião a sua 10ª edição.
Trata-se de uma iniciativa que todos os anos consciencializa mais 200 mil pessoas com a natureza, promovendo o cuidado e a preocupação com 16 árvores, a unidade de 16 comunidades locais em torno de uma causa e ainda o orgulho de 16 países na sua herança natural.
Na edição anterior, foram registados 310 mil votos, esperando a Environmental Partnership Association (EPA), organizadora do Concurso, uma participação ainda maior este ano, para celebrar o 10º aniversário do Concurso e ainda receber os novos países que se juntaram, Irlanda e Itália.
Josef Jary, da EPA, salienta que, à semelhança de um número alargado de árvores finalistas, o concurso está a ficar mais velho e maduro, o que também nos diz que “é tempo de plantar agora uma nova geração de futuras árvores magníficas”.
As árvores concorrentes são verdadeiros marcos históricos de cada país, estimando-se que o Castanheiro de Vales seja uma das árvores mais antigas de Portugal. Terá sido cultivado pelos romanos quando estavam a explorar as minas de ouro, há mais de 1000 anos. A sua cavidade guarda ainda muitas histórias, constituindo uma memória das gerações de adultos.
À sua frente, em idade, está a Azinheira das três pernas, na vizinha Espanha, que se estima ter 1200 anos e ser a mais antiga de Espanha e da Península Ibérica.
Em Itália, o Carvalho Valónia de Tricase, com 700 anos, é o mas antigo de Salento e candidato a património nacional da UNESCO.
Com 450 anos, a Faia multissecular de St-Jammes, em França, sobreviveu a fortes ventos locais e à Revolução francesa.
Pela Bulgária, o Carvalho de Novo Selo, com meio milénio, testemunhou silenciosamente a construção daquela vila de montanha nos Balcãs.
A Árvore da Liberdade, em Kaposvár, assinala os principais marcos da história húngara.
A Árvore da Liberdade dos habitantes de Waret representa um símbolo da Bélgica na defesa do seu carácter rural.
A Árvore das Bruxas, nos Países Baixos, representa o último local de descanso de Black Kate, uma mulher que liderou um gangue de ladrões e contrabandistas.
Também o Teixo da Bruxa, na Irlanda, situado na Rocha Mítica, é uma lenda viva.
Através da magia da natureza, podemos ainda observar o Sabugueiro da Polónia. Geralmente um arbusto, este exemplar decidiu ser uma árvore e tornou-se um fenómeno único.
Na Croácia, o Ginkgo apaixonado tem crescido com a cidade e celebrado o dom da vida ao lado de Eva.
No Reino Unido, a história viva de Liverpool passa pelo Carvalho de Allerton que cresce no parque Calderstones. Conta-se que, durante a Segunda Guerra Mundial, as folhas da árvore tornaram-se uma lembrança de casa.
Pela Roménia, o Abeto multisecular é o Guardião de Cibin e estima-se que realizou um milagre, tornando realidade o sonho de um pastor.
Guardião é também o Pinheiro Silvestre da Vila inundada de Chudobin na República Checa.
A Sorveira da Eslováquia, foi utilizada como uma árvore de fronteira entre as aldeias, devido à sua robustez.
Entre os finalistas, está ainda o Álamo Solitário da Calmúquia, na Rússia, que foi plantado por uma semente do Tibete que se transformou numa árvore gigantesca.
Documento na íntegra disponível aqui.
Regras de votação disponíveis aqui.
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Apoio Europeu:
O artigo foi publicado originalmente em UNAC.