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Acção REDD+ contra desflorestação cobre 53 milhões de hectares em 56 países

Relatório avalia dez anos de aplicação do mecanismo de redução das emissões da desflorestação e da degradação das florestas e conclui que o sucesso das medidas é maior quando as populações locais são ouvidas e envolvidas nesta acção. Há mais projectos no terreno mas a área total abrangida diminuiu entre 2014 e 2020.

O mecanismo REDD+, que atribui valor ao carbono sequestrado nas florestas e pretende criar incentivos para os países em desenvolvimento aumentarem os seus esforços para proteger e gerir de forma sustentável as florestas, pode gerar benefícios ambientais significativos, como melhoria da qualidade do ar e da água e aumento da resiliência face à seca hidrológica ou inundações. “Mas deve ser dada maior atenção à biodiversidade e à subsistência das populações envolvidas”, resume, citado num comunicado de imprensa, o presidente da União Internacional das Organizações de Investigação sobre as Florestas (IUFRO, na sigla em inglês), um dos principais autores de um relatório que avalia o progresso dos últimos dez anos do mecanismo REDD+.

O nome REDD+ vem de “Redução das Emissões da Desflorestação e da Degradação das florestas”. Trata-se de um mecanismo ao abrigo da Convenção-Quadro das Nações Unidas para as Alterações Climáticas, que se baseia na ideia de que reduzir a desflorestação e a degradação das florestas pode ser uma contribuição significativa para reduzir as emissões de dióxido de carbono (CO2) que causam o aquecimento global.

A ideia é proteger da degradação ou abate florestas localizadas nos países em desenvolvimento, vendendo a outros países ou investidores privados unidades certificadas de redução de emissões. Cada uma destas unidades equivale a um milhão de toneladas de emissões de dióxido de carbono que se evitou lançar para a atmosfera, preservando as florestas.

Até Dezembro de 2020, havia pelo menos 377 projectos activos REDD+ em 56 países, que cobriam mais de 53 milhões de hectares – mais do que em 2014, quando eram 345, mas nesse ano cobriam uma área maior, de 72 milhões de hectares, diz um estudo publicado na revista Environmental Research Letters em Março, que avalia o quanto os projectos […]

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