Crescimento: a guerra, a inflação e as taxas de juro a subirem fizeram esquecer a pandemia relativamente depressa, mas para as empresas o que aprenderam nessa altura foi tão valioso que foi aplicado em 2022 e continuará a sê-lo em 2023
Medicamentos para animais; vasos; transportes de mercadorias; construção, vinho; plásticos… as atividades das vencedoras dos prémios Expresso PME são, como sempre, variadas, mas todas cresceram em 2021, ainda um ano de pandemia, em que adaptação foi a palavra de ordem. Estas são as histórias de algumas delas que justificam, em parte, terem recebido este prémio.
Agricultura
É provável que o nome Sociedade Agrícola Dom Diniz não lhe diga muito, mas é aí que é produzido o Monte da Ravasqueira, uma marca de vinho que “nasceu, faz este ano, duas décadas”, conta o CEO, Filipe de Mello, e que em 2021 viu a sua faturação dar um salto de €13,9 milhões em 2020 para €18,4 milhões em 2021. “Foi um ano desafiante que nos obrigou a encarar o mercado com um olhar mais pragmático, algo que é a mais valiosa aprendizagem da pandemia”, diz. Tiveram de se adaptar aos restaurantes fechados e ao aumento do consumo nas lojas: “Ultrapassar esses constrangimentos deu-nos uma enorme confiança.” Contudo, não nega que hoje “o cenário é muito complexo e imprevisível, com os custos a aumentarem semanalmente” e com a empresa a ter de tomar decisões difíceis como “deixar de vender para a Rússia que era um mercado relevante e em grande crescimento”.
Grossista
Propecuária. O nome engana, mas explica-se porque esta distribuidora de medicamentos e produtos para animais de companhia começou pela explorações pecuárias. E para a atual CEO, Alexandra Freitas — a filha de Pedro Freitas que fundou a empresa há 44 anos — o legado é importante. Aliás, foi ainda sob a gestão do pai que descontinuaram a pecuária, e que, em 2014, criaram uma marca de suplementos, a Wepharm, que opera em Portugal e exporta para 20 países. Mas foi já sob a liderança de Alexandra, CEO desde 2016, que as duas empresas, a Propecuária e a Wepharm, tiveram de ultrapassar as “adversidades da pandemia”. E fizeram-no sendo “criativos nas soluções”, o que correu bem, porque a faturação cresceu de €41 milhões em 2020 para mais de €48 milhões em 2021. Aliás, até deu frutos para 2022, com o volume de negócios a passar os €54 milhões, e dará para 2023. “Este negócio tem uma forte componente emocional. […]