O plano de sustentabilidade da Adega do Cartaxo foi reconhecido e certificado pelo Referencial Nacional de Certificação de Sustentabilidade do Sector Vitivinícola, criado pelo Instituto da Vinha e do Vinho (IVV) e promovido pela ViniPortugal.
Segundo o comunicado de imprensa, o plano de sustentabilidade do produtor da região dos Vinhos do Tejo conta já com mais de duas décadas, tendo-se iniciado com o primeiro grande projeto de investimentos, em 2004, como a construção de uma ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais Industriais).
 
Além disso, a Adega do Cartaxo destaca ainda práticas como a aquisição de iluminação LED, presente em toda a adega, assim como equipamentos modernos com variadores de velocidade de gestão eletrónica; monotorização do consumo de água; bombas de calor e painéis para a produção de águas quentes para a higienização de linhas de engarrafamento; e painéis fotovoltaicos para autoconsumo.
“Estamos conscientes de que o futuro do sector passa, em muito, pela sustentabilidade – não só ambiental, mas em grande medida social e económica. Queremos atingir padrões mais elevados, estando para já previsto o desenvolvimento de soluções de melhoria a três anos. Um dos aspetos sensíveis é a redução do vidro, mas há mercados que (ainda) valorizam muito as garrafas de ‘porte pesado’, alguns dos quais são muito importantes para o negócio da Adega do Cartaxo. Falamos dos mercados asiáticos, por exemplo, mas também o brasileiro. Cabe-nos, obviamente a nós e de forma paulatina, sensibilizá-los para isso”, destacou Pedro Gil, diretor de enologia e produção da Adega do Cartaxo.
A Adega do Cartaxo é um produtor cooperativo que conta com 168 associados – fornecedores de uvas –, “o que acarreta um desafio maior quando se fala em implementação e certificação de processos e práticas”, explica a nota de imprensa.
No entanto, a comunicação destaca um ponto positivo, o facto de 13% dos associados serem responsáveis por 65% da produção, nesse sentido, “teve de haver reuniões e momentos de sensibilização para uma realidade que é uma garantia para o futuro e a viabilidade do negócio”.
 
O artigo foi publicado originalmente em Vida Rural.