Afetados dos Incêndios de Outubro avançam para manifestação a 2 de Fevereiro

A Maavim, realizou ontem uma conferência de imprensa em Arganil, onde elencou uma série de situações detetadas no terreno. Após reuniões efetuadas na Presidência da Republica, Assembleia da Republica, Ministério Agricultura e com os diversos Partidos, denunciou:

– Não existir uma única habitação já construída no terreno e as que estão a ser construídas são com apoios particulares e de associações como a nossa. Esta medida acaba a 31 de Janeiro;

– Os apoios à agricultura não chegaram a muitas pessoas, tendo chegado a outros com cortes e com milhares de pessoas que ficaram de fora ou por só terem efetuado o primeiro registo ou por o portal ter sido encerrado cedo ou estarem ausentes;

– As candidaturas 6.2.2. têm a mesma tipologia das candidaturas normais, onde as pessoas têm de efetuar a compra e o pagamento antecipadamente e só posteriormente podem receber o apoio, o que na maioria dos casos vai inviabilizar a sua realização;

– As habitações secundárias estão todas sem medidas e apoios, devendo ser as mesmas contempladas no mínimo com o apoio á construção dos telhados, paredes, portas e janelas, para não acelerar o abandono rural e a desertificação;

Os pdm´s dos municípios afetados devem ser imediatamente suspensos para reorganizar o território afetado e regularizar todas as infraestruturas afetadas;

– A floresta está a degradar-se e sem qualquer investimento público até ao momento, e apoio, não refletindo as medidas anunciadas na realidade no terreno;

– Os agricultores não têm dinheiro para o corte e limpeza das matas até 15 de Março, como podem cortar e limpar as matas para cumprir a lei, se não têm meios para tal;

– A população não tem sementes para semear de novo as terras para novas colheitas, não têm alimentação, nem animais, porque arderam ou morreram durante e após os incêndios;

– As vítimas que já começaram a receber são as de Pedrogão, de Outubro nenhuma recebeu;

– As infraestruturas rodoviárias estão degradadas e sem investimentos e reparações previstas;

– As indústrias estão somente com 431.733€  de apoios até ao momento, muitas delas estando ainda à espera das decisões das seguradoras e do apoio do estado e das candidaturas;

– As medidas de apoio ao emprego só abrem em Março, 5 meses após os incêndios;

Por tudo isto esta associação reivindica a abertura das plataformas, quer da agricultura, floresta, habitação e outras medidas de apoio até ao início de Junho. Pede a abertura de linhas de crédito para a execução das diversas candidaturas, pede medidas diretas para a recuperação das zonas afetadas pelos incêndios e não palavras de conforto e boa vontade de que está tudo bem. 

Decidiu então a Maavim, juntamente com a Cna e a Adaco, realizar uma manifestação no dia 2 de Fevereiro pelas 14h30m em frente ao ministério da Agricultura, pois foi este que recebeu as diversas propostas no passado dia 15 de Janeiro, não tendo até ao momento respondido.

 

Fernando Tavares Pereira

https://www.facebook.com/Maavimmov/ e-mail: maavimmove@gmail.com Tel: 238605810 / 932286073   

 

Consulte aqui o Flyer Reuniões e ainda as Operacoes_aprovadas REPOR_22jan2018      


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