Agenda de Inovação para a Agricultura 2030 exclui as florestas

Apesar de a estratégia ter como pilar estratégico o território, não há qualquer menção às florestas ou à silvicultura nem ao seu contributo para esse desígnio. Ministério do Ambiente não comenta o documento. Entidades do sector florestal não foram ouvidas.

Sociedade, território, cadeia de valor, Estado. Estes são os quatro pilares do plano estratégico de inovação para a agricultura dos próximos 10 anos (até 2030), sob a insígnia “Terra Futura”. Foi apresentado esta sexta-feira, 11 de Setembro, pela ministra da Agricultura, Maria do Céu Antunes, em Santarém, na presença do primeiro-ministro, António Costa.

A denominada Agenda de Inovação para a Agricultura 2030 tem como propósito “fazer crescer a Agricultura, de forma sustentável e baseada na inovação”. De acordo com a governante, tal “só será possível defendendo uma sociedade mais consciente da sua alimentação e bem-estar, protegendo o planeta e valorizando os recursos naturais, apostando numa cadeia de valor inovadora e competitiva e contando com um Estado que promove o seu desenvolvimento”.

Em causa estão, entre outros, os seguintes desígnios: a mitigação das alterações climáticas e a redução das emissões líquidas de gases com efeito de estufa produzidos pela actividade agrícola; a adaptação às alterações climáticas com o aumento da resiliência e da capacidade de adaptação às alterações climáticas; os territórios sustentáveis, através da promoção do uso sustentável dos recursos naturais e dos ecossistemas; e a revitalização das zonas rurais, através da promoção da atractividade desses territórios rurais.


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