Os agricultores da União Europeia (UE) terão de receber apoios no próximo quadro orçamental para reduzirem as emissões de dióxido de carbono (CO2), disse hoje o comissário europeu da tutela, Janusz Wojciechowski.
Falando numa teleconferência de imprensa a propósito da Estratégia do Prado ao Prato, apresentada na semana passada, Wojciechowski salientou que “reduzir emissões CO2 é um dos maiores esforços e os agricultores têm de receber ajudas no próximo quadro financeiro” plurianual da UE (2021-2027) para o conseguirem.
O comissário europeu para a agricultura salientou também que “o momento-chave” serão os planos estratégicos nacionais, que traçam os objetivos dos Estados-membros na área da agricultura.
A futura Política Agrícola Comum (PAC) irá contribuir para a concretização do Pacto Ecológico Europeu ao recomendar objetivos específicos para a UE, como a redução em 50% do uso de pesticidas químicos e o risco deles decorrente e a utilização dos pesticidas mais perigosos até 2030, a diminuição também em 50% do uso de antibióticos e da perda de nutrientes até 2030.
Outra das metas é ter uma quota de 25% (um quarto) de produção agrícola biológica também num prazo até 2030, um objetivo considerado “muito ambicioso” e que requer uma ação concertada a nível dos Estados-membros.
Segundo fontes europeias, a estratégia pode contribuir para a redução dos custos de produção agrícola sem diminuir a produtividade, com o recurso a técnicas que permitem aos agricultores introduzir novas técnicas mais ecológicas e melhorar os resultados.
No dia 20, Bruxelas apresentou também a Estratégia da Biodiversidade, que visa ter 30% das terras e mares europeus classificados como áreas protegidas até 2030.
Ambas terão de ser aprovadas pelo Conselho da UE e pelo Parlamento Europeu.